MORALIDADES TERRITORIAIS E PROSTITUIÇÃO EM LONDRINA
DOI:
https://doi.org/10.5821/siiu.12154Resumen
Esta pesquisa analisa relações de poder no espaço urbano da cidade de Londrina, Paraná, orientadas pela prostituição de rua. O objetivo geral é identificar funções socioespaciais correlacionadas a moralidades territoriais. A partir de um estudo de caso, centrado na análise de conteúdo de notícias que buscaram capturar a tensão entre os moradores de um bairro residencial e um grupo de prostitutas que se articularam para exercer seus trabalhos durante o período diurno, face às medidas de restrição da pandemia de Covid-19, dentre as quais a proibição da circulação de pessoas sem justificativa de serviço essencial ou emergencial de saúde entre 23h00 e 5h00 nas avenidas e praças públicas. Os resultados mostram uma dimensão da produção da segregação socioespacial diretamente relacionada ao estigma do “ser prostituta”, com efeitos sobre a vulnerabilidade urbana e a condição de subcidadania. Com base no modelo teórico estabelecidos-outsiders de Norbert Elias, desenvolvemos a noção de moralidade territorial para tornar inteligível o pânico moral acionado pela presença das prostitutas em um bairro residencial. As considerações finais demonstram que o estigma do “ser prostituta” tem um relevante componente territorial moralmente desabonador que, ao se movimentar em territórios interditos, reforça a moralidade territorial hegemônica promotora da segregação socioespacial.
Palavras-chave: prostituição, segregação socioespacial, estigma, covid-19.
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