ENQUANTO MORAR FOR UM PRIVILÉGIO, OCUPAR É UM DIREITO: O Caso Izidora e o ativismo das mulheres negras
DOI:
https://doi.org/10.5821/siiu.12206Resumen
Como seria nossa pesquisa urbana se prestássemos mais atenção às mulheres – suas vidas, pensamentos, desafios contra práticas raciais, gênero e segregação sócio-espacial? Pensando nisso, o trabalho tem como objetivo conceber uma trama que destaque o protagonismo das mulheres negras nas disputas de lugar na região da Izidora, onde localizam as ocupações Rosa Leão, Esperança e Vitória, no vetor norte de Belo Horizonte (MG). Partindo do entendimento do complexo conflito fundiário desta região, busca-se iniciar com seu contexto histórico, para depois analisar o encontro entre as lutas em derredor da permanência dos sujeitos na dimensão físico-territorial. O pensamento feminista negro é tomado, enquanto epistemologia, para elaborar uma narrativa conceitual que, ao problematizar investigaçoes da produção do espaço com valores neoliberais, atribui o olhar às diversificadas dinâmicas que se entrecruzam no tempo e espaço. Em adição, o trabalho foi construído de pesquisa bibliográfica e estudo de campo por ter, previamente, desenvolvido um projeto de extensão de assessoria técnica no local. Os resultados das análises, apontados para os desafios das ocupações da Izidora não se deram sem os ativismos dessas mulheres, que resistiram fortemente nos seus territórios, ainda que invisibilizadas pelas intersecções de gênero, raça, classe e imensuráveis tessituras nos arranjos de dominação.
Palavras-chave: ocupações Izidora, protagonismo de mulheres negras, interseccionalidade, conflitos urbanos.
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