O PARADIGMA DA CIDADE-RIO NOS IMPÉRIOS PORTUGUÊS E ESPANHOL. Belém e Valdivia no século XVII
DOI:
https://doi.org/10.5821/siiu.12781Resumen
No início do século XVII, Portugal e Espanha compartilharam território e inimigos, com Portugal a ver países anteriormente pacíficos como a Holanda e a Inglaterra como ameaças às suas colônias e comércio e Espanha a sofrer ataques de ingleses e holandeses nas suas colónias ultramarinas. Cidades coloniais pouco consolidadas foram estabelecidas para consolidar pontos de apoio em territórios pouco explorados e para a defesa destes territórios. A fundação e manutenção dessas cidades foram objecto da intervenção de militares e engenheiros militares, procurando este artigo perceber a forma urbana resultante desta actuação, recorrendo à morfologia urbana como disciplina de análise. Embora não correspondam exatamente, ao analisar-se os traçados de ambas as cidades, percebemos que são caracterizados por princípios semelhantes, como a ortogonalidade e a proximidade das principais praças junto ao rio, bem como o papel dos obstáculos naturais como limite e defesa. Embora a distância física entre as duas cidades seja considerável, as intenções e traçados portugueses e espanhóis convergiram numa tipologia por nós aqui identificada.
Palavras-chave: Cidades iberoamericanas; História Colonial; Belém; Valdivia.
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