A produção e o consumo na Área Metropolitana de Lisboa: novas geografias e reconfiguração urbana ao longo da EN10
DOI:
https://doi.org/10.5821/siiu.5971Resumen
As transformações que afectaram a economia mundial a partir de meados dos anos 70 têm conduzido a uma nova geografia na distribuição espacial de actividades e emprego, sobretudo nas sociedades ocidentais (FONT & VESCLIR). Este tem sido um tema de debate em que são apresentados argumentos que relacionam os processos de globalização e de crescente regionalização da estrutura produtiva, com as dinâmicas urbanas em curso. (ASCHER, VELTZ, SASSEN). Na transição do modelo de cidade industrial, ou "fordista", para "pós-fordista", a estrutura - antes compacta, contínua e funcionalmente dependente das redes de transportes colectivos - reconfigura-se, dando lugar uma estrutura urbana descontínua, fragmentada. À semelhança do que sucede noutras regiões urbanas, como Barcelona (FONT & LORENA, 2007), as mais recentes paisagens construídas no território metropolitano de Lisboa evidenciam uma crescente polarização, com o surgimento e progressiva consolidação de novos padrões locativos de actividades e de áreas funcionalmente especializadas. A envolvente à Estrada Nacional 10 (EN10), até algumas décadas particularmente marcada pela indústria pesada, evidencia a reconfiguração territorial com alterações de uso e de forma, depois de um processo de desindustrialização que levou inicialmente à reconversão de anteriores zonas industriais em armazéns e posteriormente à substituição por complexos logísticos de cadeias internacionais ou por novas áreas de consumo. A especialização funcional e polarização estão inter-relacionadas com a melhor conexão à rede metropolitana de estradas de alta velocidade onde a EN10 possui uma ligação cada vez mais complexa.Descargas
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