Crise urbana e direito à cidade: reflexões e perspectivas de resistência a partir da luta popular microlocal
DOI:
https://doi.org/10.5821/siiu.6870Resumen
Desde a chegada do século XXI uma mudança nas mobilizações populares marcou a luta de classes mundial. Embora difusas e aparentemente desconectadas, as mobilizações retomaram a centralidade do espaço urbano enquanto palco da práxis política. O espaço urbano em crise, marcado por muros, conflitos e disputas, tem suscitado insurreições demonstrando que é possível construir resistência por meio da luta de agentes que, com todas as suas contradições, se apresentam em processo de transformação. O presente trabalho apresenta um estudo do distrito Antônio Pereira, Ouro Preto, MG, que foi palco de lutas populares acompanhando o quadro nacional de mobilizações que se abriu em 2013. A partir da história oral, foram reconstruídos os cenários das mobilizações, as motivações e os primeiros desdobramentos das experiências vividas a fim de entender de que forma a ação direta, a ocupação do espaço e a desobediência civil podem suscitar transformações e ressignificações na luta urbana.
Since the arrival of the twenty-first century a change in popular mobilizations has marked the world class struggle. Although diffused and apparently disconnected, mobilizations have returned to the centrality of urban space as the stage of political praxis. The urban space in crisis, marked by walls, conflicts and disputes, has provoked insurrections demonstrating that it is possible to build resistance through the struggle of agents who, with all their contradictions, are in a process of transformation. The present case presents a study of the Antônio Pereira district, Ouro Preto, MG, which was the scene of popular struggles accompanying the national mobilization framework that opened in 2013. From the oral history, the scenarios of the mobilizations, motivations and the first developments of the lived experiences in order to understand how direct action, occupation of space and civil disobedience can provoke transformations and resignification in the urban struggle.
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