Curitiba: metrópole modelo ou urbe segregada? A questão habitacional e a apartação social em uma metrópole no Sul do Brasil

Autores/as

  • André de Souza Carvalho

DOI:

https://doi.org/10.5821/siiu.6001

Resumen

Referência no planejamento urbano brasileiro, Curitiba também se destaca no Brasil com bons índices econômicos e de qualidade de vida. Todavia, os diferenciais urbanos das regiões centrais da cidade contrastam com uma periferia marcada pelo baixo rendimento e informalidade habitacional. Regiões apartadas da cidade considerada “modelo” abrigam centenas de assentamentos precários e quase a totalidade da habitação de interesse social. A segregação socioespacial em Curitiba se revela especialmente na distância física e social entre as regiões que concentra alta renda àquelas de menores rendimentos. Historicamente, desde as primeiras políticas habitacionais da cidade, a população pobre foi deslocada para conjuntos habitacionais populares às margens da urbe. Mesmo após discussões e avanços legais relacionados à questão urbana e habitacional brasileira e o lançamento de um ousado programa federal habitacional em 2009, verifica-se que a prática de localizar os mais pobres nas piores e mais distantes áreas permanece, reforçando a segregação urbana.

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