Políticas habitacionais e ação da indústria imobiliária na produção do espaço: o caso do Bairro de Campo Grande no Rio de Janeiro

Autores/as

  • Priscila Rodrigues Fonseca

DOI:

https://doi.org/10.5821/ctv.7851

Resumen

O presente artigo pretende realizar uma análise histórico-crítica da produção habitacional patrocinada pelo poder público no bairro de Campo Grande, Rio de Janeiro; e a atual valorização do solo, que intensificou a ação da indústria imobiliária. Hoje, estes dois atores são os principais agentes transformadores do espaço em Campo Grande e arredores. Apesar de ser um dos bairros mais distantes da área central da cidade, transformou-se em uma centralidade para a Zona Oeste, haja vista a dinâmica das atividades comerciais baseadas no subcentro e no West Shopping, e a infraestrutura consolidada – malha viária, serviços e equipamentos urbanos. Serão abordadas as políticas habitacionais do Banco Nacional da Habitação – BNH – e seu papel na expansão urbana da “periferia distante” (ABREU, 2006) para demonstrar que a atuação do estado repete-se nos dias atuais, pois empreendimentos populares estão sendo construídos em áreas ainda mais remotas. Por outro lado, o mercado imobiliário tem garantido o acesso das classes mais abastadas aos locais privilegiados de Campo Grande, aumentando o valor do solo. Desta forma, espera-se expor estas contradições e fomentar estudos mais aprofundados sobre a região, que se tornou uma das principais frentes de expansão da cidade para as classes médias e populares. O aporte teórico baseou-se em autores que estudam a produção do espaço urbano no Rio de Janeiro, como Corrêa (1979 e 1999) e Soares (1965 e 1990), também foi de extrema importância os estudos de Lago (2000 e 2007) e Bienenstein (2001) sobre a historização das políticas habitacionais e loteamentos periféricos. A investigação foi enriquecida com fotografias e informações obtidas em vários órgãos oficiais, como Prefeitura Municipal e IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –, a fim de respaldar a questão da configuração socioespacial, econômica e habitacional. A utilização de mapas teve o objetivo de facilitar a compreensão dos espaços ocupados pelas habitações de cunho popular e dos vetores de crescimento urbano do bairro, fundamentais para determinar a heterogeneidade social existente na região

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