Dinâmicas urbanas: entre a expansão periférica e o esvaziamento do centro da cidade de Coimbra

Autors/ores

  • Andreia Margarido

DOI:

https://doi.org/10.5821/ctv.7882

Resum

O presente artigo pretende contribuir para a discussão das medidas de contenção do crescimento extensivo e indeterminado das cidades, focando o problema da desertificação dos seus centros. Este tipo de crescimento materializa-se, na sua maioria, numa urbanização difusa, de baixa densidade e maioritariamente monofuncional que tem contribuído para a fragmentação e empobrecimento da estrutura, da forma e da vida urbana. Este trabalho foca o caso de Coimbra e apresenta indicadores que revelam o esvaziamento (de população e funções) das freguesias centrais em oposição ao crescimento das freguesias periféricas. Constatado o progressivo abandono do centro urbano à custa de avanços extensivos no território, coloca-se a questão: Porquê continuar a esticar e multiplicar infra-estruturas e estruturas, quando possuímos um significativo número desaproveitadas, desabitadas, depreciadas? Assim, este trabalho defende a densificação do centro da cidade de Coimbra como proposta de contenção ao crescimento extensivo e disperso, considerando que através do adequado (re)aproveitamento dos espaços vazios expectantes (construídos ou livres) é possível (re)habitar e dinamizar o centro urbano potenciando, desta forma, o predicado essencial das cidades: o sentido de urbanidade

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