Ruas emergentes: tendências morfológicas e processos de transformação

Autores/as

  • João Silva Leite

DOI:

https://doi.org/10.5821/qru.9596

Resumen

A consolidação do automóvel como veículo preferencial de deslocação de pessoas e bens, aliado a processos de crescimento urbano fragmentado provocou intensas transformações na cidade do século XX e no seu tecido. Como organismo a sua complexidade aumentou, o corpo compõe-se por um número crescente de elementos, sistemas, dinâmicas e estratos, que dificultam a sua leitura e decifragem. Os eixos infraestruturais de grande mobilidade assumem um papel importante na manutenção de algumas ligações morfológicas, afirmando-se como elementos estruturadores do território. O seu espaço canal é colonizado por uma urbanização constante que adquire características específicas, definidoras de uma identidade própria. Emergem, assim, elementos urbanos lineares capazes de suportar tecido urbano e, simultaneamente, permitir deslocações entre partes distintas do território. Neste sentido, o estudo do processo de transformação destes elementos lineares sedimenta, por um lado, o seu entendimento como tendências emergentes da Rua e, por outro, contribui para a sistematização de um fenómeno melhorando e criando novos mecanismos de produção urbana mais equilibrados e conscientes dos paradigmas urbanos contemporâneos.

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